Setembro Amarelo - Juntos pela Vida!
O mês de setembro nos traz uma importante importante reflexão sobre a campanha de prevenção ao suicídio e valorização da vida. Conhecido como Setembro Amarelo, este não é apenas um mês de conscientização, mas um chamado para que a sociedade, empresas e instituições se unam em uma grande rede de apoio e cuidado.
Especialmente neste ano de 2025, quando completa 10 anos no Brasil, a iniciativa da Associação Brasileira de Psiquiatria (ABP) enfatiza a importância da busca por ajuda e do diálogo aberto, uma comunicação direta entre quem enfrenta o sofrimento e aqueles que podem acolher, por meio da escuta. Afinal, falar sobre saúde mental transforma a vida de quem precisa de apoio e dá propósito a quem escolhe ajudar.
Segundo a OMS (Organização Mundial da Saúde), mais de 700 mil pessoas cometem suicídio anualmente. Dados que comprovam ainda mais a urgência de reconhecer os sinais de transtornos mentais e oferecer apoio. Em consideração à relevância do tema, a OMS elegeu o dia 10 de setembro, desde 2003, como o Dia Mundial da Prevenção do Suicídio.
Nesse cenário preocupante, o voluntariado assume um protagonismo vital. Com o propósito de fortalecer a comunidade, o trabalho voluntário pode ser a ponte que conecta pessoas em vulnerabilidade emocional ao acolhimento e à ajuda profissional. Mais do que auxílio, é um farol de esperança, mostrando a quem se sente sozinho que existe uma comunidade disposta a ouvir e apoiar.
A contribuição voluntária é essencial em diferentes frentes:
Quebrar o estigma: ao falar abertamente sobre saúde mental, o voluntário ajuda a normalizar a busca por ajuda, mostrando que não há vergonha em não estar bem.
Oferecer acolhimento inicial: muitas vezes, a primeira parada de alguém que precisa de apoio é um ouvido empático e sem julgamento. O voluntário pode ser essa primeira escuta, acolhendo a dor do outro. Mas é importante que a pessoa seja orientada a buscar profissionais habilitados (psicólogos ou psiquiatras) que possam avaliar o caso e fornecer os devidos tratamentos. Se ainda não estiver em tratamento, pode procurar o Centro de Atenção Psicossocial (CAPS) próximo da sua localidade. Ainda, vale divulgar canais especializados no tema, como o Centro de Valorização da Vida (CVV), que oferece apoio voluntário 24h pelo telefone 188.
Divulgar informações de qualidade: atuar na disseminação de materiais informativos, campanhas e eventos que educam o público sobre os sinais de alerta e os caminhos para ajuda. Veja aqui o site da campanha Setembro Amarelo 2025, que fornece materiais de divulgação gratuitos para download, assim como outras informações relevantes.
Dar suporte a instituições: apoiar operacionalmente organizações que estão na linha de frente do atendimento em saúde mental, buscando ampliar o alcance e o impacto social, como o CVV.
São muitas as ações positivas que o voluntariado pode proporcionar.
Mas, para que esse apoio seja efetivo, é fundamental também saber identificar os sinais de quando alguém precisa de ajuda. Estar atento a mudanças de comportamento e falas pode revelar as situações de vulnerabilidade emocional, conheça algumas:
Isolamento social e afastamento de amigos, família e atividades antes prazerosas;
Alterações no sono e no apetite;
Desânimo persistente, falta de energia ou cansaço extremo;
Sentimentos de inutilidade, desesperança ou culpa excessiva;
Dificuldade de concentração e queda no desempenho escolar ou profissional;
Fala recorrente sobre morte, ausência de sentido na vida ou desejo de desaparecer.
Reconhecer esses sinais é o primeiro passo para acolher e orientar alguém a buscar ajuda profissional.
Portanto, neste mês, podemos unir forças em prol desta causa tão importante. Participe da campanha com iniciativas para o bem-estar mental e fortaleça o papel essencial do voluntariado: estar presente, ouvir e amparar aqueles que precisam de apoio.
Se você está passando por um momento difícil, ou conhece alguém que precisa de ajuda, ligue 188 e fale com o Centro de Valorização da Vida (CVV). A ligação é gratuita, disponível 24 horas, em todo o Brasil.
Conheça também a Cartilha para Prevenção de suicídios, disponibilizada pelo Ministério da Saúde.
*Fonte: www.gov.br